11.23.2005

 
Otário
(Gaiola das Popozudas)

A ha a ha um otário pra bancar,
A ha a ha um otário pra bancar aê!

Os homens querem amantes escutem o que eu vou falar,
os homens querem amantes escutem o que eu vou falar.
as mina de porto alegre quer um otário pra bancar!
as mina de porto alegre quer um otário pra bancar e aê!

A ha a ha um otário pra bancar,
A ha a ha um otário pra bancar aê!

Ele chega no baile de cordão e celular
quando vê uma gatinha ele corre pra azarar,
mas no final das contas é um otário banca,
mas no final das contas é um otário banca

A ha a ha um otário pra bancar,
A ha a ha um otário pra bancar aê!





Uma pérola do neo-feminismo.

posted by Arlequina @ 4:12 AM   0 comments
 





11.21.2005

 
Ser carioca é...

Pegar uma kombi em Madureira (porque, segundo a minha amiga Michelly, experiente com assaltos e afins, transporte alternativo no Rio é MUITO mais seguro que ônibus); ouvindo funk no rádio ("É som de preto... de favelado... mas quando toca, ninguém fica parado"); enquanto o "cobrador" vai gritando o roteiro a cada ponto de ônibus: "Suburbana direto Cascadura Madureira shópem! É só um real!" e o motorista vai dando em cima de mim. E o mais interessante é que, depois que a minha amiga revelou que eu moro em Aracaju, ele continuou dando em cima de mim. Mas fazendo sotaque baiano. (!?)

Michelly: Ah, amiga, vc num tá gostando desse som aí no rádio, mas ainda não viu nada! Quero ver a cara que vc vai fazer quando conhecer o funk proibidão.

Eu: Ah, eu conheço, Mi.

Michelly: Conhece é? Duvido! Vc num faz idédia do que eles cantam nas músicas! Tati Quebra Barraco não é nada perto daquilo.

Eu: Faço idéia sim, Mi.

Michelly: Ah é? Quero ver vc dizer o nome de um bonde proibidão então que a galera de Aracaju conhece!

Eu: Chatuba de Mesquita.

Michelly (desconfiada): Você conhece isso?

Eu: Conheço.

Michelly (desafiadora): Então canta uma música.

Eu (afinadíssima): "Mulher de playboy / gosta de sexo anal / A Chatuba de Mesquita / Pega as mina de geral / Primeiro come o cú / Depois come a xereca / A Chatuba de Mesquita / É o bonde do careca..."

Michelly (chocada): Isso toca lá???

Eu: Ah, menina, depois que inventaram a internet as coisas proibidonas chegam looooonge!

--

E no dia seguinte eu estava feliz no bairro nobre de Laranjeiras com a minha prima caminhando em direção a um chorinho de graça na feirinha. Então comentei inocentemente: "Poxa, aqui até que seria um lugar legal de se morar... É tranquilo e bonitinho". Nesse exacto momento um doido passou por mim, por algum motivo não foi com a minha cara e resolveu que a calçada era muito pequena pra nós dois. Então disse amistosamente "CAI FORA" e me deu uma cotovelada e um chute. (!???)

Doeu.

--

Moral das histórias: Mesmo no Rio, da Zona Norte à Zona Sul, a música da consagrada banda sergipana Naurêa ainda faz muito sentido pra mim: "Bêbo, menino, cachorro e doido não pode me ver."
posted by Arlequina @ 7:51 AM   0 comments
 





11.18.2005

 
Foi lá em Irajá.
Tinha uma construção que meio que lembrava uma igreja evangélica. Mas uma igreja modesta. Em cima da porta tinha uma placa contendo um logo e duas frases. O logo era a cara de um leão (?) azul com uma cruz vermelha na frente (!). Ao lado, os seguintes dizeres:

Projeto Vida Nova
"A Igreja que Tem a Cara do Leão"
?!

Aqui no Rio se encontra de tudo. TUDO!

--

Visita à tia Nenê. Na verdade é Tia Glória, mas toda grande família carioca tem a sua Tia Dona Nenê. Eu tenho a minha. Ela disse que a filha dela, por sinal minha madrinha, chorou desesperada quando flagrou sua filhinha de nove anos escutando um CD de funk proibidão escondida. Eu tentei falar que era exagero chorar, que todo mundo tem curiosidade de ouvir funk pribidão, até eu tenho, imagina uma criança de dez anos. Crianças de dez anos sempre tiveram curiosidade de conhecer qualquer coisa que seja proibidona, principalmente baixaria, desde o começo dos tempos, vai... Isso não quer dizer que a neta dela vai comprar um shortinho da bad boy e uma calça da gang e virar a próxima Tati Quebra Barraco, ora. Mas a Tia Glória-Nenê não ouviu, pois ela já tinha a sua opinião formadíssima sobre o assunto.
Segundo ela, isso é coisa de traficante. Os traficantes querem se aproximar das criancinhas no colégio a fim de viciarem as pobrezinhas em tóxicos (leia-se tóchicos, claro). Então eles usam essa estratégia: começam oferecendo coisas emprestadas, como CD's de funk proibidão. Depois oferecem tóchicos. Mas uma vez só!! Porque a partir da segunda, quando as criancinhas já estão devidamente viciadas, eles começam a cobrar. Então é esse o momento que as crianças passam a roubar as coisas de casa pra sustentar o vício.

Isso me lembra que desde que sou criança e me obrigaram a ler O Estudante I, II, II, IV, XXX, os traficantes utilizam essa estratégia: oferecem a primeira dose de graça e depois começam a cobrar. Será que isso não tá manjado não??

Bem, por via das dúvidas... Caso algum traficante de ácido visite meu blog, eu gostaria de deixar claro que NUNCA usei qualquer tipo do tóchico citado. Se alguém quiser me oferecer a tradicionalíssima primeira dose de graça, estou à disposição.
posted by Arlequina @ 12:39 PM   0 comments
 




il libretto

 

Rss


"Em qualquer terra em que os homens amem. 
 Em qualquer tempo onde os homens sonhem.
 
                                                        Na vida."

Máscaras - Menotti del Picchia

 

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By Julia
Meu Melhor Amigo Gay
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Cara de Milho
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Bodega da Loli
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Diário de Trabalho
Homem é Tudo Palhaço
Vida Bizarra
A Casa das Mil Portas

 

clap

 

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